Estudantes de Biguaçu exploram o legado histórico de Governador Celso Ramos em passeio cultural

Na manhã de quinta-feira (27/03), estudantes da Escola Emérita Duarte da Silva, de Biguaçu, acompanhados pelas professoras Bibiana Werle (História) e Andressa Silva (Artes), participaram de um passeio histórico guiado pelo território de Governador Celso Ramos. O secretário municipal de Turismo e Eventos, Wesley Fernandes, e do vereador William Wollinger Brenuvida recepcionaram os estudantes e conduziram o grupo por locais emblemáticos da região gancheira.

Para o secretário Wesley, “ações como essa são importantes porque também demonstram esse potencial da nossa cidade como rota turística e histórica. Isso ajuda a fomentar e ampliar essas iniciativas nos quais as pessoas que percorrem a história e o turismo de Santa Catarina através das representações culturais e arquitetônicas presentes aqui em Governador Celso Ramos”.

A primeira parada foi na antiga igreja presbiteriana do Jordão, onde foram abordados temas como a história da Fazenda de José Lopes Jordão, a presença africana no período colonial e a chegada de missionários americanos no século XIX. Em seguida, os visitantes conheceram Maria Nunes da Silva, conhecida como Maria do Crivo, uma senhora de 95 anos que preserva a tradição do bordado de crivo. Com simpatia, ela compartilhou histórias do passado e emocionou a todos com seu carisma.

O roteiro seguiu para o Canto dos Ganchos, onde foi relembrada a história do Casarão Wollinger, construído por Ignácio Vieira da Cunha e Joaquina Ignacia, com menções ao período escravocrata e à caça baleeira. No Mirante de Calheiros, os alunos aprenderam sobre a passagem do explorador Aleixo Garcia no século XVI, além das expedições de Sebastião Caboto e a influência de sua esposa, Catarina de Medrano, na nomeação da Baía de Tijucas e da Ilha de Santa Catarina.

Em Palmas, o grupo discutiu a importância da Ilha do Arvoredo para a comunidade local e a história do Farol construído em 1883. Na Camboa, a visita foi à criveira Iraldina Jorge (do Nascimento), de 97 anos, que recebeu os estudantes com alegria e falou sobre o artesanato do bordado e o decreto real de 1785, que proibia atividades manufatureiras no Brasil.

O passeio terminou na Enseada da Armação da Piedade, com narrativas sobre a Fortaleza de Santa Cruz do Anhatomirim, a Greve Geral de 1784 e o processo de restauração da Capela de Nossa Senhora da Piedade. A iniciativa reforçou a importância de preservar a memória e as tradições culturais da região, conectando passado e presente por meio da educação.