POR MEIO DE PASSEIO PELOS MARES E VISITA A ESTRUTURAS SECULARES, PROJETO DE GOVERNADOR CELSO RAMOS ENSINA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E HISTÓRIA FORA DA SALA DE AULA

Na iniciativa, estudantes do município viajam de escuna pelas águas gancheiras, observam golfinhos e conhecem a história. O primeiro passeio foi em agosto, mas o projeto continua até novembro.

 

Um projeto em Governador Celso Ramos leva alunos do 8º e 9º ano do ensino fundamental do município a passeios pela costa gancheira para aulas de Ciências, Geografia e História. É Projeto Conhecendo a Área de Proteção Ambiental do Anhatomirim, uma iniciativa da Escola Municipal do Meio Ambiente (EMMA) que tem o objetivo de levar a estudantes conhecimentos multidisciplinares fora da sala de aula e ainda discutir problemas como a poluição costeira.

 

Os passeios marítimos são de escuna e duram aproximadamente duas horas. O embarque é na Praia da Baía dos Golfinhos, no Bairro Costeira da Armação, e vai em direção à Ilha do Anhatomirim, que abriga a fortaleza de mesmo nome construída entre 1739 e 1745. No trajeto, os estudantes são acompanhados por Botos-cinza (Sotalia guianensis) e golfinhos Tucuxi (Sotalia fluviatilis), espécies que visitam as águas da região em busca de alimentos.

 

O primeiro dia do projeto, realizado no dia 24 de agosto, contou com 60 alunos de três escolas: E.E.B.M Maria Amália Cardoso (Bairro Fazenda da Armação), E.E.B.M. Abel Capella (Bairro Canto dos Ganchos) e E.E.B.M. Elvira Sardá da Silva (Bairro Areias de Baixo). O projeto continua nos dias 15 e 26 de setembro, 21 de outubro e 09 e 23 de novembro, sempre no período da manhã, com partida às 9h.

 

A diretora da EMMA, Luciara Azevedo, explica que o projeto aproveita as viagens para desenvolver práticas que envolvam o ensino da educação ambiental aliado à história do município e de suas construções históricas.

 

“Os alunos conhecem aspectos físicos (clima, vegetação, hidrografia, geologia e solos), descobrem as construções como a Fortaleza do Anhatomirim e sabem a importância das unidades de conservação, como a Área de Proteção Ambiental (APA) do Anhatomirim”, diz Luciara Azevedo.

 

Além desses conteúdos relevantes para o desenvolvimento de uma consciência ambiental, os educadores aproveitam para problematizar com os estudantes questões importantes para o futuro do ecossistema costeiro, como a poluição das águas do Oceano Atlântico e o assoreamento das baías.

 

“É preciso conhecer para saber como agir. Com o que aprendem na prática e na teoria, esses meninos e meninas multiplicarão a construção de um futuro sustentável”, conclui a educadora ambiental.