FCC aprova restauração da Capela de Nossa Senhora da Piedade, em Governador Celso Ramos
A Capela de Nossa Senhora da Piedade, um importante patrimônio histórico de Governador Celso Ramos que em breve completará 300 anos, recebeu a aprovação definitiva para seu processo de restauração. Em 21 de março, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) emitiu parecer técnico favorável ao projeto apresentado pela Ação Social Paroquial (ASPGCR), após nove anos de tramitação desde sua concepção, em 2015. Esta conquista representa uma etapa crucial para as reformas e restaurações da edificação histórica.
Agora, o projeto entra na fase de busca por parceiros para o financiamento das obras e o desenvolvimento de novas propostas culturais. A Ação Paroquial pretende iniciar as intervenções no primeiro semestre de 2025.
No entanto, antes do início das obras, é necessário superar um último obstáculo: a realocação de dois jazigos localizados na entrada da sacristia, que é fundamental para a instalação de andaimes, sistema de drenagem e construção de acessibilidade. Uma das famílias já autorizou a remoção, enquanto os organizadores aguardam a concordância da segunda.
A ASPGCR se comprometeu a reconstruir os jazigos e melhorar suas condições. A proposta é realocar os túmulos de forma que as obras possam ser iniciadas com segurança, incluindo a amarração e o envelopamento completo da cobertura para evitar riscos de desabamentos.
Até o momento, o projeto de restauração, com orçamento estimado em R$ 3 milhões, já superou etapas importantes em 2024. A primeira foi a quitação de uma multa de R$ 120 mil, aplicada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que exigiu da Mitra Diocesana (dona do bem) e da FCC a manutenção da capela e de seu entorno (cemitério e ruínas) – a comunidade foi responsável pelo pagamento da multa. A segunda foi a vitória no Prêmio Elisabete Anderle de Cultura, que destinou R$ 90 mil à elaboração do projeto executivo, selecionado em 1º lugar entre mais de mil propostas estaduais.
A capela foi tombada pela Prefeitura Municipal em 1983 e pelo Estado em 2002. Já passou por intervenções nas décadas de 1980, 1990 e 2000. A restauração atual conta com o apoio da Prefeitura, da Câmara de Vereadores e de parcerias técnicas especializadas em patrimônio histórico.
Embora a Prefeitura não tenha sido ré na ação do Ministério Público, está mobilizando suas equipes e oferecendo todo o apoio necessário. O projeto arquitetônico já está tramitando na Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade.


